Ao longo da vida, é comum termos pessoas, objetos ou situações pelos quais temos mais apreço. Essas preferências podem inclusive definir parte da nossa personalidade e moldar nossas escolhas e comportamentos. Porém, nos últimos anos, tenho refletido sobre os benefícios de não ter um favorito em determinados aspectos da vida, e gostaria de compartilhar minhas ideias neste artigo.

Um dos principais benefícios de não ter um favorito é a imparcialidade. Quando valorizamos todas as opções e não temos um viés em relação a uma em específico, podemos ser mais justos e objetivos em nossas avaliações e decisões. Isso é especialmente importante em situações profissionais, como ao escolher um candidato em um processo seletivo, ou em situações sociais, como ao avaliar uma piada ou uma opinião.

Além disso, a falta de um favorito nos permite valorizar a diversidade. Quando nos abrimos a todas as opções, temos a oportunidade de descobrir coisas novas e diferentes, de conhecer pessoas e culturas que podem expandir nossos horizontes. Isso é especialmente importante em tempos em que a polarização e o extremismo estão em alta, e a intolerância a ideias diferentes é um dos maiores obstáculos na busca por um mundo mais justo e harmonioso.

Outro benefício de não ter um favorito é a liberdade de escolha. Quando não nos sentimos presos a uma única opção, podemos experimentar e buscar outras possibilidades, sem medo de estar perdendo algo. Isso é especialmente importante em situações em que a escolha parece difícil ou incerta, como ao escolher um curso de graduação ou uma carreira, ou ao decidir em que investir nosso dinheiro.

Por fim, questiono a ideia de que ter um favorito pode nos trazer mais segurança e conforto. Muitas vezes, apostamos todas as nossas fichas em uma única opção, achando que ela é a mais segura ou a mais confortável. Porém, essa escolha pode ser limitante e nos impedir de explorar outras possibilidades que podem nos trazer satisfação e crescimento pessoal.

Em resumo, não ter um favorito pode nos ajudar a ser mais imparciais, valorizar a diversidade, ter a liberdade de escolha e estar abertos a novas possibilidades. Claro, não se trata de abolir todas as preferências da nossa vida, mas sim de questionar a ideia de que elas são indispensáveis e de que precisamos ter sempre um favorito em tudo. Afinal, a vida é muito mais rica e surpreendente quando experimentamos e valorizamos a diversidade de opções que ela nos oferece.